
Pesquisa revela que a maternidade causa um efeito negativo sobre o engajamento da mulher no mercado de trabalho. Porém, no longo prazo estes efeitos são minimizados pela experiência profissional adquirida.Que uma parte das mulheres abre mão da carreira profissional para dedicar-se aos filhos não é nenhuma novidade. Contudo, as que permanecem no mercado de trabalho ganham, em média, um salário-hora 27% menor que o das mulheres sem filhos, conforme mostra um estudo apresentado à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.A pesquisa A maternidade e a mulher no mercado de trabalho, tese de doutorado da economista Elaine Toldo Pazello, teve como principal objetivo "investigar o efeito da maternidade sobre o engajamento da mulher no mercado de trabalho"."O número, porém, é relativo e decorrente de uma série de fatores", garante Elaine. Ela acredita que o índice mais provável tem a ver com a jornada de trabalho: "mulheres com filhos tendem a ter uma jornada menor". Para a economista, o fato de ter um filho faz com que muitas mulheres procurem empregos com jornadas menores, mais flexíveis e que, não raro, paguem menos.
ReflexosA pesquisa aponta ainda dois efeitos da maternidade que, embora estejam em sentidos opostos, coexistem na mesma população: o efeito renda e o efeito substituição. O primeiro produz um efeito positivo no engajamento da mulher no mercado de trabalho. Elaine afirma que "quando nasce uma criança a renda per capita da família cai", fazendo com que a mulher, em tese, trabalhe mais para retomar os padrões. No segundo caso, o efeito é negativo para o engajamento. O recém-nascido necessita de cuidados e atenção, o que faz com que as mães substituam o trabalho formal por outras formas de ocupação, como trabalho doméstico. Além disso, nem sempre compensa sair para trabalhar e pagar para alguém tomar conta da criança. "É uma questão de custo e benefício. De repente o que a mulher vai ganhar no mercado não paga a babá".Porém, a pesquisadora alerta que estes efeitos são predominantes no curto prazo, praticamente desaparecendo no longo. "Realmente, o filho tira a mulher do mercado de trabalho, mas depois ela volta", ressaltando que "a saída (do mercado de trabalho) não prejudica os rendimentos futuros".
ReflexosA pesquisa aponta ainda dois efeitos da maternidade que, embora estejam em sentidos opostos, coexistem na mesma população: o efeito renda e o efeito substituição. O primeiro produz um efeito positivo no engajamento da mulher no mercado de trabalho. Elaine afirma que "quando nasce uma criança a renda per capita da família cai", fazendo com que a mulher, em tese, trabalhe mais para retomar os padrões. No segundo caso, o efeito é negativo para o engajamento. O recém-nascido necessita de cuidados e atenção, o que faz com que as mães substituam o trabalho formal por outras formas de ocupação, como trabalho doméstico. Além disso, nem sempre compensa sair para trabalhar e pagar para alguém tomar conta da criança. "É uma questão de custo e benefício. De repente o que a mulher vai ganhar no mercado não paga a babá".Porém, a pesquisadora alerta que estes efeitos são predominantes no curto prazo, praticamente desaparecendo no longo. "Realmente, o filho tira a mulher do mercado de trabalho, mas depois ela volta", ressaltando que "a saída (do mercado de trabalho) não prejudica os rendimentos futuros".

Nenhum comentário:
Postar um comentário